Estudantes da EJA têm aula inaugural no Instituto Federal de São Paulo
A ação, fruto de acordo com a Prefeitura de Hortolândia, oferece oportunidade de formação técnica gratuita
Estudantes da EJA (Educação de Jovens e Adultos), modalidade de ensino ofertada pela Prefeitura de Hortolândia, tiveram, nesta segunda-feira (31/07), a aula inaugural dos cursos profissionalizantes de Auxiliar em Usinagem Industrial - Tornearia e Eletricista Instalador Predial de Baixa Tensão. As formações acontecem no campus do IFSP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo), na Vila São Pedro, graças à cooperação técnica entre a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia e a instituição pública de ensino.
Na ocasião, os 51 alunos das quatro escolas polo visitaram as instalações do campus, inclusive os laboratórios voltados às atividades práticas dos cursos e o ambiente maker. Também puderam se informar sobre todo o processo de tornearia e usinagem e o funcionamento de ambos os cursos.
“Penso que foi um momento único e gratificante. Uma conquista e oportunidade enorme para os estudantes da EJA. Ontem foi somente uma porta que se abriu de possibilidades e oportunidades para o crescimento acadêmico dos estudantes da EJA. Confesso que voltei encantada e até eu gostaria de realizar o curso de Elétrica. Os estudantes no ônibus estavam encantados e cheios de sonhos com essa oportunidade. Cada dia mais precisamos acreditar nas pessoas, oferecer oportunidades, pensar que tudo é possível, basta acreditar e não desistir dos sonhos”, destacou a Assistente de Direção Vanusa Guimarães Borges da Emef (Escola Municipal de Ensino Fundamental) Nicolas Thiago dos Santos Lofrani.
De acordo com a Secretaria de Educação, Ciência e Tecnologia, neste semestre, as vagas para os cursos profissionalizantes foram ampliadas para contemplar os estudantes das quatro unidades polos da EJA. Os cursos, divididos em quatro módulos, são gratuitos e têm certificação técnica de 200 horas. A Prefeitura disponibiliza o transporte aos participantes até o campus do IFSP de Hortolândia.
“A ampliação da nossa parceria com a Secretaria de Educação para a oferta de educação profissional aos estudantes dos polos de EJA da cidade é a realização de um projeto construído coletivamente. É o resultado de um trabalho comprometido dos profissionais de educação do município e do IFSP. Os frutos dessa parceria estão sendo colhidos e alcançar o objetivo projetado mostra o excelente trabalho de construção de uma política pública educacional, unindo a esfera municipal e a federal. As perspectivas profissionais dos estudantes são contempladas nessa ação que, também, investe na formação dos professores construindo espaços de reflexão e diálogo”, ressaltou Caroline Jango, Diretora do Instituto Federal SP Campus Hortolândia.
Atualmente, o projeto da EJA Profissionalizante beneficia 51 estudantes dos quatro polos que ofertam a Educação de Jovens e Adultos. A ação, fruto do Acordo de Cooperação Técnica PMH N° 7384/2021, firmado entre a Prefeitura e a instituição de ensino superior em 2022, faz parte do Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA), e tem como objetivo oferecer uma formação ampla, preparando os estudantes para a vida e o mercado de trabalho.
Formação Continuada para Professores
Simultaneamente ao início do curso para os estudantes, cerca de 20 professores municipais que lecionam na EJA participaram, na noite da segunda-feira (31/07), do primeiro módulo da formação continuada sobre tecnologia e espaço maker. A iniciativa da Prefeitura, por meio do Centro de Formação dos Profissionais em Educação “Paulo Freire”, acontece em parceria com o Instituto Federal de São Paulo – Campus Hortolândia. As aulas são divididas em três módulos e buscam ampliar as habilidades pedagógicas e metodologias de ensino inovadoras dos profissionais de educação.
“A formação realizada no laboratório maker do IFSP foi excelente, apresentando possibilidades de projetos a serem desenvolvidos na impressora 3D ou em MDF, criando ou adaptando materiais a serem utilizados nas aulas, tornando-as mais interativas. Particularmente, me encantei com a ideia de desenvolver jogos pedagógicos explorando os conteúdos, pois entendo que despertam maior interesse dos alunos e contribuem para melhor entendimento do conteúdo”, ressaltou Andreia Cristiane Souza Azevedo, professora de ciências das Emefs Marleciene Priscila Presta Bonfim e Caio Fernando Gomes Pereira.
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